Nesta parte, focamos na constituição da governança, a unidade estratégica responsável por construir e garantir a execução do plano de ação (que é elaborado na última parte).
É importante observar que a governança não executa o plano, mas o direciona estrategicamente, fomentando a cultura de inovação e orientando os atores do ecossistema. Ela garante o alinhamento entre propósito, recursos e atividades, buscando alcançar objetivos comuns.
Para uma governança efetiva, é essencial uma estrutura flexível que se adapte ao contexto do ecossistema. Deve ser formada por representantes diversos das quatro hélices do ecossistema (academia, empresas, governo e sociedade civil) e pode adotar uma liderança distribuída para promover colaboração e inovação.
A governança também estabelece políticas nítidas, define indicadores de desempenho e facilita a troca de conhecimento entre os atores, promovendo interações contínuas e colaborativas.
Existem diferentes modelos de governança que podem ser adotados, dependendo do estágio de maturidade do ecossistema. Desde uma governança única até uma estrutura mais complexa com governanças setoriais, o objetivo é garantir representatividade e eficácia na condução das estratégias e ações.
A formalização da governança pode contribuir para uma colaboração mais eficaz entre os atores, mas também apresenta desafios, como o equilíbrio de interesses e a superação de barreiras burocráticas.
Exemplo de relatório de one-page de governança
Além disso, a gestão de comunidades e de informação desempenha um papel fundamental na efetividade da governança. O desenvolvimento de relacionamentos sólidos e a organização eficaz da informação são essenciais para manter o dinamismo do ecossistema e garantir que o conhecimento seja transformado em ação de forma eficiente. O uso de plataformas digitais e ferramentas analíticas pode facilitar esse processo, fornecendo insights valiosos para a tomada de decisão e medição do impacto das iniciativas.
A estrutura libertadora Purpose-To-Practice (Propósito-para-Prática) é uma abordagem auxiliar na constituição da governança, visando estabelecer uma conexão direta entre o propósito e as práticas que concretizam o propósito. Traçando princípios, definindo participantes e a estrutura da governança, é possível traduzir o propósito em ações tangíveis e orientar a governança de forma eficaz.
definição da data, horário e local do próximo encontro do grupo;
estruturação de uma apresentação (como um pitch) sobre o ELI, para ser utilizada com empresas e parceiros que querem que faça parte do ecossistema;
escolha do líder e vice-líder do grupo, bem como relator e responsável pela comunicação (demais cargos serão definidos à medida que sejam demandados);
listagem dos parceiros e atores que vão ser contatados para convidar a participarem do ELI;
divisão das agendas de visita, apresentação e convite individual a esses atores, para que os membros da governança visitem cada 1 um ator ou pessoa atuante;
definição das regras de frequência de encontros, tipos de reuniões (repasse, acompanhamento, estratégia, etc.) que serão feitas, e assiduidade necessária para continuar fazendo parte do grupo.
Fotos
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