Neste workshop vamos trabalhar conceitos relevantes sobre ecossistemas de inovação e a metodologia ELI Conecta.
Como é possível promover o desenvolvimento socioeconômico nos territórios brasileiros por meio da inovação e colaboração? Entendemos que os Ecossistemas Locais de Inovação (ELI) são um caminho para responder esta questão. E por meio desta pergunta-semente, surge a metodologia ELI Conecta.
Estamos num mundo cada vez mais acelerado e complexo, enfrentando desafios que exigem soluções inteligentes e coletivas. Redes colaborativas com propósito emergem como uma bússola para orientar pessoas e instituições nas longas trilhas da inovação, visando não apenas o crescimento econômico, mas também a sustentabilidade social e ambiental. E tudo isto é possível de ser feito através da conexão: pessoas, organizações, ações e recursos conectados rumando a objetivos comuns.
Você sabe de onde veio o termo “ecossistema”?
O termo "ecossistema" foi introduzido por Arthur George Tansley em 1935 e descreve um conjunto diverso de seres vivos em um espaço geográfico que interagem entre si e com o meio ambiente, buscando estabilidade e equilíbrio dinâmico. No contexto atual, enfrentamos desafios significativos, como a crise climática, resultado das mudanças no ecossistema global, onde as características-chave incluem diversidade, complexidade, adaptabilidade e interconexão.
No âmbito da inovação, os ecossistemas compartilham essas características, exigindo um ambiente propício para o desenvolvimento econômico baseado em inovação. Esses ecossistemas dependem da diversidade de recursos e atores, colaboração em rede e adaptação contínua às mudanças do mercado.
A Metodologia de Ecossistemas Locais de Inovação (ELI) Conecta visa abordar esses desafios de forma prática e concreta, fornecendo uma estrutura para o planejamento e desenvolvimento de ecossistemas de inovação prósperos.
O conceito de Inovação e Cultura de inovação
A inovação é definida como a criação de algo novo que proporciona valor percebido coletivamente, abrangendo produtos, processos, modelos de negócios e outras manifestações. O conceito, conforme o Manual de Oslo, abarca a implementação de produtos ou serviços novos ou significativamente melhorados, processos, métodos de marketing ou organizacionais. As inovações podem ser categorizadas como incrementais, representando melhorias graduais em algo existente, ou radicais, que transformam o mercado e disruptam o uso do produto.
Enquanto as inovações incrementais são previsíveis e menos arriscadas, as radicais geram transformações significativas. A cultura de inovação, por sua vez, consiste nos hábitos e valores que promovem a criatividade e apoiam a geração de ideias dentro de uma rede. Ela pode ser emergente ou planejada e busca otimizar processos, valorizar colaboradores e encorajar a experimentação em um ambiente seguro e inclusivo. A promoção da diversidade e inclusão, juntamente com o reconhecimento e recompensa pelo trabalho, são componentes essenciais para cultivar uma cultura de inovação sustentável.
Os componentes de um Ecossistema de inovação
A origem etimológica do termo "ecossistema" remete ao conceito de "sistema da casa" ou "sistema do lar", introduzido em 1935 para descrever um conjunto complexo e interconectado de elementos vivos e não vivos coexistindo em um espaço. A aplicação inicial do termo foi na ecologia, mas nas décadas seguintes, ele foi adaptado para outras áreas, como negócios e gestão.
James F. Moore, em 1993, utilizou "ecossistemas de negócios" para descrever as interações entre empresas em um ambiente de mercado. Posteriormente, Ron Adner, em 2006, cunhou o termo "ecossistema de inovação" para descrever a colaboração entre diferentes organizações alinhadas a estratégias inovadoras.
A diversidade de significados levou à necessidade de uma definição mais precisa, resultando na definição de Ecossistema de Inovação (EI) como uma rede evolutiva de atores, atividades e recursos importantes para o desempenho inovador da rede.
Os elementos constituintes de um ecossistema de inovação incluem atores, atividades e recursos. Os ecossistemas de inovação passam por diferentes estágios de vida, desde a criação até a metamorfose ou dissolução, refletindo uma jornada dinâmica e iterativa de evolução.
Trilha Empreendedora
A Trilha Empreendedora é um processo que guia empreendedores na transformação de suas ideias em negócios de sucesso, composta por cinco etapas: Originação, Ideação, Validação, Operação, Tração e Escala. Além disso, a renovação ou saída são possibilidades para empreendedores que desejam renovar a empresa ou se preparar para uma saída estratégica, como venda ou fusão.
Hélices do Ecossistema
As Hélices do Ecossistema de Inovação são um conceito que destaca a importância da colaboração entre diferentes atores nos setores Empresarial, Acadêmico, Governamental e Social. Essa abordagem reconhece que a inovação resulta da convergência sinérgica dessas quatro hélices. A hélice Empresarial representa o setor privado, a Acadêmica envolve pesquisa e educação, a Governamental inclui instituições públicas e políticas, enquanto a Social reflete a comunidade e organizações civis.
Governança
A Governança é essencial para o gerenciamento e orientação das atividades do ecossistema de inovação, que é baseado em redes de colaboração. A governança do ecossistema de inovação proporciona uma estrutura mínima para que os diferentes atores possam trabalhar colaborativamente em direção aos objetivos comuns de promover a inovação e o desenvolvimento.