Meu processo - avaliação heurística e de acessibilidade
Pré-avaliação
A inspeção heurística é necessariamente dependente de uma compreensão de quem são os usuários, em que cenário eles tipicamente interagem com o produto e dos fluxos/tarefas pelos quais passam na interação. Esses fatores, somados às especificidades do produto (complexidade das funcionalidades, plataforma de uso - se mobile, web ou desktop - nos ajudam a definir as melhores heurísticas para avaliar a usabilidade do produto.
Para esse estudo de caso, supus que a maioria dos usuários do aplicativo tem o ensino médio completo, já que são professores da educação básica e tem pelo menos nível intermediário de português, já que vivem em território brasileiro e lecionam na rede pública brasileira de ensino. Em relação aos cenários, parti do pressuposto de que o fluxo de registro de frequência é usado dentro de salas de aula do ensino regular (da pré escola ao ensino médio) ou do Atendimento Educacional Especializado. Já para o fluxo de registro de conteúdos trabalhados, considerei o cenário de hora-atividade, fora da sala de aula.
Uma inspeção como a realizada aqui geralmente é feita ao longo de todo o ciclo de produção, servindo tanto para avaliar a qualidade da implementação quanto para identificar demandas ainda não mapeadas.
Para esse estudo de caso, optei por usar dois conjuntos de heurísticas mais generalistas, uma com foco em usabilidade e uma com foco em acessibilidade.
Para avaliar a usabilidade, optei por usar as já consagradas
por, além de serem amplamente reconhecidas e utilizadas, serem bastante gerais e por isso mesmo úteis para achar tanto sugestões de melhoria quanto características positivas a serem usadas como referência em iterações futuras do produto ou novos produtos da mesma linha.
O primeiro passo foi navegar no aplicativo, registrando com um print as telas do fluxo.
Avaliação Heurística e Inspeção de Acessibilidade
Após seguir cada um dos fluxos do começo ao fim algumas vezes, eu começo a avaliar as especificações. Optei por criar dois registros separados, um da avaliação heurística e um da inspeção de acessibilidade, o que resultou em duas tabelas diferentes. Nessas tabelas, ao passar mais uma vez por um determinado fluxo, vou registrando pontos importantes e justificando com base nas heurísticas ou nas guidelines a que cada um dos problemas se referem. Durante esse processo, busco também avaliar características que possam servir como boas práticas para o produto da empresa.
Pós avaliação:
Após a avaliação, é preciso hierarquizar os problemas encontrados conforme sua severidade. A partir desses problemas, deve-se elaborar sugestões que possam ser adicionadas ao backlog.
Conforme as sugestões forem implementadas, o processo de avaliação deve ser conduzido novamente não apenas com foco nos problemas já encontrados, mas também buscando avaliar possíveis melhorias a serem implementadas. Isso é especialmente importante para as questões de acessibilidade, que podem ser complexas e custosas em sua implementação.