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Resenha do Livro Kanban Maturity Model, Segunda Edição

Para a implementação de um sistema Kanban é necessário o conhecimento de um conjunto de práticas de gestão, psicologia social e sociologia que sejam apropriadas ao contexto de cada organização.
Como em qualquer organismo complexo a ausência de estressores ou a aplicação de estressores excessivos pode impedir o aumento de maturidade e abortar iniciativas de agilidade organizacional. E nesse sentido foi lançado nesse mês a segunda edição do livro Kanban Maturity Model, por e e Teodora Bozheva.
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Esse livro é um guia acionável para que consultores em agilidade trabalhar as suas jornadas de aumento de maturidade com técnicas comprovadas ao longo dos últimos 15 anos em empresas de todo o mundo.
O livro é composto de quatro partes e alguns apêndices.
A primeira parte apresenta os resultados e benefícios da utilização do KMM para organizações de serviços profissionais. Essa parte também nos ajuda a compreender a maturidade da sua organização, desde níveis mais frágeis (0 a 2) até níveis mais avançados (3 a 6). Um ponto alto da primeira parte é um caso real da aplicação do método Kanban em uma divisão financeira do banco BBVA da Espanha, que em 1 ano amadureceu do nível 1 para o nível 3 e teve redução significativa nos tempos de entrega e aumento da vazão das suas demandas.
A segunda parte é fantástica e trabalha o tema cultura nas organizações. David e Teodora nos apresentam como que se constitui a cultura em organizações de diferentes maturidades, desde o nível 0 até o nível 6. O ponto alto da parte 2 é o capítulo 8 com tema de hacks culturais, tais como tribalismo, inovação social, capital social, filtros de decisão e mecanismos para motivar mudanças.
A terceira parte é dedicada às práticas concretas do modelo do KMM. Essa parte do livro nos apresenta, ao longo de oito capítulos, quase 150 práticas para reuso conforme a maturidade da sua organização.
A quarta parte apresenta o grande diferencial entre o método Kanban e outros métodos ágeis que operam com mudanças sociais dramáticas, que é conceito de mudanças evolucionárias. Ao longo de 5 capítulos os autores discutem porque mudança evolucionárias são normalmente superiores a mudanças revolucionárias que promove reorganizações e criação de papéis, como introduzir mudanças evolucionárias, como lidar com a resistência a mudanças e também traz um catálogo de barreiras comuns do aumento da agilidade organizacional em empresas mais frágeis. No último capítulo dessa parte os autores discutem como lidar com crises e melhorar a resiliência de negócio.
O livro nos apresenta ainda apêndice ricos em temas distintos do ecossistema do Kanban, tais como:
Compreensão probabilística e estatística do tempo de entrega;
Integração com outras métodos tais como o TPS, Mission Command, CMMI e o Real World Risk Model de Nicholas Taleb;
Tabelas de triagem;
Custo do atraso;
Gestão de Dependências.
O livro possui uma leitura fluida e quase não notamos que ele tem mais de 450 páginas com muita informação pragmática e acionável.
É o melhor livro de gestão que li nos últimos anos e acredito que possa ser uma fonte robusta de referência para todos os agentes de mudança interessados em como criar agilidade e resiliência de negócio.
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