Dica: Ignore todos os talvez encontrados nesse texto e sua compreensão será facilitada e direta.
Surtei porque não entendi o que acontecia, melhorei por entender que não me cabia sofrer pelo que aconteceu. Surtei porque entendi que precisava mudar, chorei, sofri, morri por minutos e voltei, talvez ainda não tenha realmente voltado (no momento em que escrevo esse texto), mas estou voltando, voltando a entender que nem tudo dura e por mais que tenha medo e queira que as coisas durem mais tempo, elas não irão durar, ou talvez irão, mas isso não me cabe escolher e apenas aceitar, que tudo tem seu tempo e momento, que as coisas acontecem por seus motivos. Provável que um relacionamento acabe porque não existe mais o que se trocar entre as pessoas, porque não existe mais. Simplesmente por não existir mais e ta tudo bem. Me prendo demais as pessoas e acabo querendo ter controle sobre tudo, hoje ter falado que “não queria perder tais pessoas” foi o maior sinal de que quero prender as pessoas a mim e que não deveria fazer isso, todos somos universos diferentes orbitando seus sistemas e apenas temos conexões momentâneas que pode ser um segundo ou mil anos, mas seguimos nosso caminho e ta tudo bem nisso, entender isso é difícil quando se passa a vida perdendo pessoas e sendo obrigada a lidar com essa falta que se faz do outro. Talvez isso também tenha tudo a ver com o que depósito nessas pessoas que deveria ser depositado em apenas mim mesmo. Provavelmente isso me veio para ensinar a isso e mostrar que por mais que nós pensemos que tudo se encontra perfeito nada é perfeito ou infinito, é preciso entender que tudo é finito e apenas devemos estar conosco, pois no final de tudo seremos apenas nos mesmos. Aproveitar os momentos, situações, pessoas e sentimentos como únicos e não finitos, talvez a ansiedade me venha por saber que as coisas acabam e eu ainda não saiba lidar com o fim, até aquele restinho de comida que eu não consigo finalizar porque tenho medo que acabe, ou aquele dedinho que água que fica no final da garrafa porque não quero que isso acabe. Talvez seja o medo do fim que me traz toda essa ansiedade, crises, receios e medos e mais medos, talvez sim ou não. Medo do fim. Mas, por quê o fim? O fim nos traz o novo, a renovação, a mudança, o fim utiliza ponto e não virgula. A renovação traz o início do paragrafo que eu não sei como continuar, mas apenas deixo que flua o que me vem a mente, não me mostra o que tem no meio do texto nem é possível que eu sabia qual será o meio do texto ou até mesmo o fim, ou quando será o fim. O fim me traz essa necessidade de recomeçar e, ou melhor, de começar. O fim traz o começo e talvez meu medo seja o começo. Ansiedade pelo que está no meio e não no fim. Tenho medo do fim por não poder controlar ou descobrir o que irá começar. Controlar para quê? Único controle que preciso ter é da minha senha de acesso a esse site que me permite seguir escrevendo e mostrando as pessoas o que penso. Controle preciso ter da minha alimentação ou do quanto de água tomo por dia pela minha saúde. Para que controle de pessoas e do começo? Porque não deixar simplesmente que o começo me mostre o caminho e me deixe seguir sem que seja necessário controlar o que vem ou quem vem. Começar sem pensar no meio ou no fim, seguir trilhando meu caminho sem pensar que eu preciso sofrer caso o caminho trilhado precise mudar de direção ou até mesmo voltar por todo o caminho e apenas aceitar o que vem. É entender que mudanças são constantes, falo no fim sabendo que o fim será sempre um começo, e uma porta de saída sempre será uma porta de entrada para novos lugares.
Sobre parar de utilizar fim e apenas entender que as coisas apenas são como são e continuarão sendo. Sobre entender que o texto acaba quando ele quer e não sob o controle que eu gostaria de exercer nele. Começo.
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