Nitrogênio:
Após uma sequência de quedas consecutivas desde outubro, os preços da ureia apresentaram uma retomada durante a primeira semana de dezembro, refletindo um aumento de US$40-50/ton em relação aos valores médios negociados no mês anterior. Essa elevação é atribuída a uma maior movimentação de demanda no mercado doméstico brasileiro, porém o atraso nas compras para milho safrinha e os indícios de que a Índia só retornará ao mercado no próximo ano, abre um espaço para questionar se o aumento repentino nos preços da ureia pode não se sustentar a longo prazo.
Fósforo:
O mercado de fosfatados surpreende ao manter-se estável, contrariando a tendência sazonal de desvalorização do nutriente nesse período. A estabilidade é um resultado dos problemas na produção na América do Norte e no norte africano, somados às restrições às exportações na China, que limitaram os suprimentos globais. Ao longo do ano, a demanda permanece elevada em países como Índia, Brasil e Estados Unidos, onde já se observam sinais robustos de ativação da demanda para a primavera.
Potássio:
Com excesso de inventário nos armazéns brasileiros, o mercado de KCL mantém preços sob pressão. As projeções de importações de KCL para 2023 superam 13 milhões de toneladas, um recorde em comparação com anos anteriores, e os fornecedores esperam um impulso na demanda durante o primeiro trimestre de 2024. Na China, QHSL e Zangge foram identificados por ultrapassar suas licenças de mineração, levando o Ministério a uma vigilância mais rigorosa, o que pode resultar em um aumento nas importações nos próximos meses.